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A História de Carpina


Carpina

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Município de Carpina
"A Capital da Mata Norte"
"Cidade Multicultural"
Bandeira de Carpina
Brasão desconhecido
Bandeira Brasão desconhecido
Hino
Fundação 1909
Gentílico carpinense
Prefeito(a) Carlos Vicente de Arruda Silva (PSB)
(2013–2016)
Localização
Localização de Carpina
Localização de Carpina em Pernambuco
Carpina está localizado em: Brasil
Carpina
Localização de Carpina no Brasil
7° 51' 03" S 35° 15' 17" O
Unidade federativa  Pernambuco
Mesorregião Mata Pernambucana IBGE/20081
Microrregião Mata Setentrional Pernambucana IBGE/20081
Municípios limítrofes Tracunhaém, Nazaré da Mata e Buenos Aires (N), Lagoa de Itaenga, Lagoa do Carro (S), Paudalho (L) e Limoeiro (O).
Distância até a capital 50 km
Características geográficas
Área 146,124 km² 2
População 75 706 hab. IBGE/20113
Densidade 518,09 hab./km²
Altitude 184 m
Clima tropical chuvoso As'
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH 0,724 médio PNUD/20004
PIB R$ 384 619,574 mil IBGE/20085
PIB per capita R$ 5 678,97 IBGE/20085
Página oficial
Carpina é um município brasileiro do estado de Pernambuco.
Está localizado na Zona da Mata, ao norte do estado e distante 50 km da capital, Recife.

Índice

História

Diz-se que o município de Carpina foi fundado por um carpinteiro que habitava a região antes só usada como estrada, daí a possível origem do nome. [carece de fontes]

Antecedentes da ocupação territorial

Muito embora o atual território municipal de Carpina esteja situado, principalmente na bacia do Capibaribe, admite-se que teria recebido maior influência daqueles que buscavam as matas setentrionais do atual estado de Pernambuco, na esperança de encontrar o desejado, mas nem sempre rendoso Pau Brasil. Logo que as matas litorâneas foram dizimadas e nos vales dos rios implantou-se a atividade canavieira, aqueles colonos que não dispunham de recursos suficientes para a implantação de engenhos dedicavam-se a atividades complementares e dependentes daquela atividade principal. Desta forma o pastoreio, que se desenvolveu ao lado agricultura, no primeiro século de colonização, viu-se obrigado a buscar outras regiões onde pudesse crescer sem prejudicar a agricultura nascente, acarretando a interiorização da pecuária e sua fixação no agreste e sertão.
Dentre as atividades complementares dependentes da açucareira, além da pecuária já citada, sobressaía-se a atividade madeireira, necessária à confecção de caixas para o embarque do açúcar para a coroa. Ora as matas litorâneas continuam sendo erradicadas,tanto pela procura do “pau das tintas quanto pela expansão canavieira que, vencendo a barreira dos vales fluviais,subia peças encostas,dominando a paisagem”.
Sobre esse plano de fundo, os madeireiros, que desenvolviam sua atividade naqueles locais onde a matéria-prima ocorresse em abundância viam-se forçados a procurar melhores sítios ainda não cobiçados pelos “nobre do açúcar”.
Os colonizadores da capitania de Itamaracá, notadamente aqueles que se fixaram no vale do rio Goiana, foram os primeiros a desbravarem aquelas áreas, onde o rio Tracunhaém cortava a terra coberta de matas, em busca de terras para a agricultura de subsistência. Lado a lado com esses pioneiros, os madeireiros seguiam a mesma trilha, alcançando as cabeceiras daquele rio.
Por outro lado, os pecuaristas se viam na contingência de buscarem rotas, para suas boiadas, capazes de fornecerem condições de sobrevivência, não só para os boiadeiros e tangerinos,como para o próprio gado. Com efeito,essa necessidade levou ao traçado das rotas seguindo os cursos dos rios que desemborcavam no litoral. Dentre esses se situa o Capibaribe, em cuja bacia localiza-se o território municipal, em dois terços de sua área.
Pelo anteriormente exposto podemos concluir que o território, onde se localiza o atual município de Carpina, teve sua ocupação determinada por duas vias de acesso: uma pelo norte, partindo de Goiana e seguindo o rio Tracunhaém e ultrapassando suas nascentes; outra pelo sul, uma das rotas oficiais dos caminhos das boiadas, a que partia do litoral e acompanhava o rio Capibaribe.

Desenvolvimento inicial

Com a abertura da estrada de ferro para Limoeiro, em 1881, a chã do Carpina passou a ser uma estação intermediária. O movimento ferroviário incrementava o comércio da estação, embora incipiente, porém promissor. Logo a seguir, fazendo entroncamento na Chã do Carpina, abriu-se o ramal para Nazaré. Os dois eventos tiveram marcante contribuição no desenvolvimento inicial: quer pela estação da linha tronco com destino a Limoeiro, quer pela implantação do ramal.
A atividade comercial que se iniciou e se desenvolveu no local provocou a construção de moradias, no início, de taipa, cercadas pelas roças e cultura de subsistência. Conta-se que, por volta de 1888, um dos moradores, João Batista de Carvalho, teve a iniciativa de desapropriar uma área, coberta de mocambos e roçados, para aí abrir a primeira praça de Chã de Carpina. Essa iniciativa foi combatida, na época, especialmente por aqueles que tiveram seus bens desapropriados, o que não é difícil de entender. Hoje o local é a principal praça da cidade.

Crescimento e consolidação

O Topônimo “Carpina” tem a sua origem no nome de um antigo morador, o tanoeiro Martinho Francisco de Andrade Lima, que até 1822 residia à margem da estrada de Chã, conhecido como “o Carpina”, daí o nome “Chã de Carpina”. Antes de sua emancipação política, o seu território abrangia dois distritos: o de Floresta dos Leões, pertencente ao município de Paudalho, e o Chã de Carpina, integrante do de Nazaré da Mata, separados pelos trilhos da antiga G.W.B.R., hoje RFFESA, no centro da zona urbana.
Esse distrito do Chã do Carpina consta dos quadros de apuração do recenseamento geral de 01 setembro de 1920, como integrante do município de Nazaré.
A denominação de Floresta dos Leões foi dada ao distrito pela lei municipal (Paudalho) de nº12, datada de 15 de Dezembro de 1901, numa homenagem a João Souto Maior, líder da Revolta Pernambucana de 1817, apelidado de Leão de Tejucupapo, e a seus seguidores, os leões, que se haviam refugiado na chã do Carpina, depois de um combate com as tropas governistas.
A localidade foi elevada à categoria de vila pela lei estadual de nº 991, de 1 de julho de 1909.Lá,em pleno centro da cidade,existe um monumento com a caricatura de um leão.
A lei nº 1.931, de setembro de 1928, criou o município, com a denominação de Floresta dos Leões, que permaneceu até 1938, quando foi substituída pela de Carpina, em face do decreto-lei estadual de nº 235, de 9 de Dezembro de 1938. Sua instalação ocorreu em 1 de janeiro de 1929.
Administrativamente, o município é formado pelos distritos de: Carpina (sede) e dos povoados de Caramuru e Caraúba Torta.6
O município comemora sua emancipação política anualmente no dia 11 de setembro (FIDEP,1982).

A emancipação política

O funcionário público e jornalista Francisco José Chateaubriand Bandeira de Melo pediu permissão para mudar o nome de "Chã do Carpina" para "Floresta dos Leões" ao então Presidente da República, Dr. Afonso Penna, que excursionava o Nordeste do Brasil.
Aceito o pedido, o Presidente doou um conto de réis para ajudar na compra do leão de bronze que se vê no monumento erguido na Praça de São José, inaugurado em setembro de 1909.
Em 1923, o Deputado Armando Gayoso apresentou à Câmara o projeto de Lei, nº 1.372, sugerindo a emancipação do município. O projeto não foi aprovado pelo Governador Sérgio Loreto, para não desagradar políticos de Paudalho e Nazaré.
Foram muitos embates, muitas reuniões no Engenho Limeira Grande, até chegar-se à condição de município.
Os emancipadores, homens valorosos, que protagonizaram independência de Carpina, entraram para a história pela maneira incansável com que lutaram para alcançar a liberdade tão desejada. A luta incessante desses homens só conseguiu atingir os seus objetivos no ano de 1928. Em justa homenagem, seus nomes ficaram perpetuados em praças, ruas e avenidas da cidada.
A Vila da Floresta dos Leões foi levada à categoria de cidade pela Lei Estadual nº 1.931, de 11 de setembro de 1928, e instalada em 1 de janeiro de 1929.
Desmembrada dos municípios de Paudalho e Nazaré da Mata, passou a chamar-se Floresta dos Leões.
Em 1938, a localidade voltou ao nome de origem - Carpina, durante o Estado Novo, Governo de Getúlio Vargas, por sugestão do jornalista Mário Melo. A mudança de nome não agradou aos leo-florestanos.

Os emancipadores

Armando Tabosa de Souza Gayoso; Antônio Bezerra de Menezes; Baltazar Ferreira Pinto; Eurico Gonçalves Guerra; João Batista de Carvalho; José Simplício de Lima Junior; Dr. Joaquim Gonçalves Guerra; Dr. Roberto Pulsem Rawlinson (engenheiro da empresa que construiu a ferrovia); José Estevão de Oliveira; Oswaldo Ranulfo Freire; e Dr. Ricardo Augusto de Albuquerque Filho;

Tomaram parte dessa história

Dr. José de Petribú - Subprefeito de Floresta dos Leões; Dr. João Pessoa Petribú - Diretor do Floresta Jornal; Dr. Murilo Silva - 1º Secretário Municipal; Coronel Joaquim Francisco de Mello Cavalcanti - Presidente eleito do Conselho Municipal; Coronel Ernesto Pompílio do Rego - Prefeito do município de Floresta dos Leões; Dr. Christiano Cordeiro - Secretário do Prefeito Ernesto Pompílio; Otávio Carneiro - Comerciante; Gileno De Carli - Agrônomo; Alcides Casaca Gomes da Silva & Manoel Casaca Gomes da Silva - Comerciantes

Primeiro prefeito

O primeiro Prefeito de Floresta dos Leões foi o Coronel Ernesto Pompílio do Rego, proveniente do Engenho Serraria, empossado no dia 15 de novembro de 1928. Seu Subprefeito foi o Sr. José de Petribú e, na mesma ocasião, foi eleito o Primeiro Conselho Municipal.

Prefeitos nomeados

Depois do Coronel Ernesto Pompílio, foram nomeados para o cargo de Prefeito Municipal: Carneiro da Cunha; Baltazar Ferreira Pinto, Benjamim Dias Coutinho, Eurico Gonçalves Guerra, Joaquim Gonçalves Guerra, Major Carlos Afonso Melo, João Teobaldo de Azevedo, Major Manoel Alves de Queiroz, Hermínio Aroucha e Manoel Tavares da Cunha.

Prefeitos eleitos pelo voto popular

João Saturnino Cavalcanti (1 de novembro de 1947 a 14 de novembro de 1951; 15 de novembro de 1959 a 15 de novembro de 1963); José Francisco de Morais (15 de novembro de 1951 a 15 de novembro de 1955); Major Carlos Afonso (15 de novembro de 1955 a 15 de novembro de 1959); José Fernado Lobe (15 de novembro de 1959 a 15 de novembro de 1963); José Pereira Cardoso (15 de novembro de 1963 a 31 de janeiro de 1969); Maelbe Batista Ramos (31 de janeiro de 1969 a 31 de janeiro de 1973; 1 de janeiro de 1993 a 31 de dezembro de 1996); Manoel Augusto do Rego (31 de janeiro de 1973 a 31 de janeiro de 1977); Carlos Adilson Pinto Lapa (31 de janeiro de 1977 a 31 de janeiro de 1983); Sergiofredo Santa Cruz Silva (31 de janeiro de 1983 a 31 de janeiro de 1989); Joaquim Pinto Lapa (31 de janeiro de 1989 a 31 de janeiro de 1993; 1 de janeiro de 1997 a 31 de janeiro de 2004); Manoel Severino da Silva (2005 a 2008; 2009 a 2012);

Especificidades

Carpina é uma das principais cidades da Mata Norte conhecida pelo seu clima ameno e apreciada por suas ruas largas e planas, com muita área verde. Povo acolhedor, festivo,religioso e muito ligado a suas raízes.Ano a ano, sua paisagem urbana vem sendo modificada em razão da expansão imobiliária.
Em 1982, três filhos do Dr. Murilo Silva, 1º Secretário do Conselho Municipal, foram eleitos pelo povo: Sérgio Murilo Santa Cruz Silva - Deputado Federal; Sergiofredo Santa Cruz Silva e Sergiorlando Santa Cruz Silva, Prefeito e Vereador de Carpina, respectivamente.
As edificações antigas, sem preservação, vão dando lugar às construções modernas, apagando-se, desta forma, a memória de uma cidade que vem se estabelecendo como um dos pontos turísticos do estado, e o segundo maior polo comercial da região, chegando a absorver o mercado das cidades vizinhas.
Abriga empresas como a Galvanisa, Alpargatas, Dupé, Doces Praeira, Irca, Curtume Califórnia, Ciprol, Mauricea Alimentos, Lajes Bom Jesus, dentre outras, além de ser a terra natal do Escritor Aguinaldo Silva, do cantor Silvério Pessoa, do saudoso "Mestre Solon do Mamulengo", do Mestre Saúba e do artesão Miro, conhecidos internacionalmente.
Suas praças precisam ser revitalizadas, pois estão esquecidas.

Geografia

Localiza-se a uma latitude 07º51'03" sul e a uma longitude 35º15'17" oeste, estando a uma altitude de 184 metros e distante 50 km do Recife.
Possui uma área de 146,00 km². Segundo dados coletados pelo censo do ano 2010, Carpina tem 75.706 habitantes. Sua taxa de urbanização é de 95.60% e tem como densidade demográfica 414.62 habitantes por km²

Cronologia

  • A Lei Estadual 991 de 1 de julho de 1909 caracteriza as povoações que terão a categoria de cidade e a de vila, ficando nessa última categoria a vila de Floresta dos Leões.7
  • A Lei Estadual 1572 de 16 de maio de 1923 constitui o município de Carpina no território conhecido como Floresta dos Leões, entre os municípios de Nazaré e Paudalho. Sua sede continuará sendo denominada Floresta dos Leões.7
  • Em 11 de setembro de 1928, a Lei Estadual 1931 constitui, mais uma vez, o município, com o nome de Floresta dos Leões, formado pelos distritos de Carpina e Lagoa do Carro, cujo funcionamento iniciaria em 1 de janeiro de 1930.7
  • Decreto-lei estadual nº 235, de 9 de Dezembro de 1938, muda a denominação do município de Floresta dos Leões para Carpina.7

Turismo

Feriados municipais

  • [06 de JANEIRO]] - Dia de Reis
A Festa de Reis é a primeira grande festa do ano em Carpina, na primeira semana. Logo depois das festas de final de ano acontecem apresentações de pastoril, bumba-meu-boi, feira de produtos e comidas típicas.
  • 19 de Março - São José (Padroeiro da Cidade). Para essa comemoração religiosa, que geralmente tem a duração de 09 a 13 dias, todos os dias temos adoração, reza-se o terço de forma reflexiva. Temos, também, procissões e celebrações eucarísticas, geralmente com a presença de padres das cidades circunvizinhas, do Bispo da Diocese da Cidade de Nazaré da Mata, além dos padres do Escola Salesiana Padre Rinaldi e do Pároco da Matriz de São José, onde é realizado todas as atividades religiosas em Homenagem ao Padroeiro da cidade do Carpina, São José.
  • 11 de Setembro - Emancipação política
Neste dia realiza-se um desfile cívico, em comemoração à emancipação da cidade, com participação de igrejas, militares e dezenas de escolas da região, mesmo de estados vizinhos, como da Paraíba.

Referências

  1. a b Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  2. IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Página visitada em 5 dez. 2010.
  3. Estimativa Populacional 2011. Censo Populacional 2011. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (julho de 2011). Página visitada em 29 de outubro de 2011.
  4. Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.
  5. a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Página visitada em 11 dez. 2010.
  6. Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco - Carpina
  7. a b c d CEHM - FIAM. Calendário Oficial de Datas Históricas dos Municípios do Interior de Pernambuco. Recife: Centro de Estudos de História Municipal, 1994.

Ligações externas

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