Depois de manter uma agenda intensa com lideranças nacionais, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), trocou a “superexposição” dos últimos meses por articulações de bastidores. A grande movimentação de Campos neste primeiro semestre começou a atrair críticas, o que o levou a adotar um discurso mais moderado. Aliados do socialista afirmam que ele deve manter esta postura até o dia 4 de outubro, data limite para mudanças de partido por políticos interessados em concorrer no ano que vem.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira (15), a mudança de postura não alterou o propósito do governador de rivalizar com a presidente Dilma Rousseff (PT), até o momento sua aliada no plano nacional. Para evitar ser alvo dos petistas, como já vinha acontecendo, Campos mudou a tática e fala menos sobre temas nacionais, como a importância do novo Pacto Federativo e a preocupação com a política econômica.
Um aliado ouvido pela reportagem afirmou que esta estratégia evita uma ruptura com o governo petista antes da hora. No planos, este recurso também não deve “espantar” os filiados ao PSB que são contrários a um voo solo e semeia a dúvida no PT sobre a conveniência de tratá-lo, desde já, como adversário. “Minha estratégia é o tempo”, teria dito o governador.
O estado do Rio de Janeiro é dado como “exemplo” desta estratégia. Lá, se o PT decidir apoiar o candidato do PMDB, Eduardo Campos buscará o petista Lindbergh Farias para lançá-lo ao posto pelas mãos do PSB. Se isso não ocorrer, tentará um palanque pelo PMDB.
Outubro marca o fim do prazo para a temporada dos ataques especulativos. Até lá, estrategistas do governador esperam que ele pontue cerca de 10% nas sondagens eleitorais. Em pesquisa feita há um mês por Diego Brandy, seu guru na área, Campos teria oscilado de 4% a 7% em quatro Estados: São Paulo, Rio, Minas e Bahia.
Em julho, o PSB fará uma reunião da sua Executiva Nacional. Campos, também presidente do partido, lembrará a todos o processo de definição da legenda em outras corridas para o Planalto. Em todas, o apoio só foi fechado no fim do primeiro trimestre do ano eleitoral. Ou seja: ele só se lançará oficialmente em março do ano que vem.
Eduardo Campos tem esperanças de construir uma candidatura com partidos mais à esquerda. Mas no seu entorno há também defensores de ter o DEM numa aliança. O objetivo central do PSB para tentar chegar ao segundo turno em 2014 é ter ao menos cinco minutos de tempo de TV.
Fonte: ProgramaDizendoTudo
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