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Rodoviários decidem manter greve, mas Governo quer 100% da frota em circulação

Polícia estará em pontos estratégicos para garantir circulação dos transportes, diz SDS


Hesíodo Góes/Folha de Pernambuco
Segundo advogado da oposição, líder do grupo, Aldo Lima, foi um dos demitidos devido a represálias
Os cobradores e motoristas de ônibus da Região Metropolitana do Recife decidiram manter a greve nesta sexta-feira (05). O Governo do Estado, entretanto, declarou que as empresas de ônibus devem colocar 100% da frota nas ruas. De acordo com o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, um esquema de segurança está sendo montado para garantir a circulação da frota, dos funcionários que não aderirem à paralisação e dos passageiros. Ainda segundo a SDS, a Polícia estará a postos em pontos estratégicos para impedir a falta de circulação dos transportes. Viaturas estarão posicionadas nos principais Terminais Integrados, garagens dos veículos e locais importantes da Capital e da RMR.
O secretário das Cidades, Danilo Cabral, foi o porta-voz de Eduardo Campos ao afirmar que as permissionárias devem fazer de tudo para haver o retorno total dos automóveis coletivos. De acordo com o presidente das Empresas de Transporte Integrado (Urbana-PE), Fernando Bandeira, o cadastro de reserva das companhias está sendo usado para colocar funcionários em atuação.
Conforme declararam a Urbana-PE e Sindicato dos Rodoviários, nenhum rodoviário foi demitido por ter aderido à greve. A oposição Rodoviários de Verdade, entretanto, declara uma outra versão.
DEMISSÕES
De acordo com o advogado do grupo dissidente, Rafael Baltar, desde o dia 14 de junho, quando os trabalhadores cruzaram os braços pela primeira vez por 24 horas, três pessoas foram demitidas, duas da empresa Caxangá e uma da Metropolitana. Entre eles, estava o líder Aldo Lima da Silva. “As demissões foram combinadas com as manifestações e ocorreram como forma de repreender quem aderiu ao movimento”, relata. Ele afirma que a oposição deseja negociar. “Estamos abertos à negociação e queremos que O governo atue como mediador”, declara Baltar.
O advogado explicou, também, que mesmo com a força dos Rodoviários de Verdade, não há previsão para eleições sindicais. “O Sindicato (oficial) não garante processo eleitoral”, afirma ao ser questionado sobre a possibilidade de haver uma mudança na entidade.
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