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Urbana-PE alerta para possíveis demissões dos rodoviários


TRT6 diz que exoneração é por justa causa
Rebeca Silva - Diario de Pernambuco


A greve dos rodoviários entrou, nesta quinta-feira (04), no seu quarto dia e, segundo a categoria, seguirá por tempo indeterminado. "Queremos 20% de reajuste, ticket alimentação de R$ 350, a anulação das multas e a não punição dos trabalhadores que participam da paralisação. A greve só acabará quando a classe patronal aceitar todos os itens", afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Rodoviários, Patrício Magalhães. Ainda sem acordo, a classe patronal ameaçou demitir os funcionários, o que seria correto e por justa causa, informou o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6).

Segundo o sindicato, a informação de exonerações em massa não assustará os trabalhadores nem impedirá o movimento. "Dentro da nossa pauta de reivindicações já está prevista a não punição dos trabalhadores. Isso inclui as demissões", disse Magalhães. Para ele os trabalhadores estão resguardados. Mas de acordo com o presidente do TRT6, desembargador Ivanildo Andrade, os rodoviários que continuam em greve poderão ser demitidos por insubordinação. "A empresa está autorizada a demitir por insubordinação já que a greve foi considerada abusica e ilegal desde a última terça-feira. Os trabalhadores podem reclamar da decisão, mas isso terá que ser analisado", explicou.

Em nota, a classe patronal, representada pelas Empresas de Transportes de Passageiros no Estado (Urbana-PE), alertou para as possíveis demissões. Destacou ainda que já implementou várias medidas como a contratação imediata de substitutos para os faltosos, convidando os integrantes do cadastro reserva das empresas."Nós fizemos nosso trabalho de convocar os rodoviários à voltarem às atividades normais, mas eles não voltaram e poderão ser demitidos. Isso depende de cada empresa, mas deve acontecer", declarou Fernando Bandeira, presidente do grupo. Com relação ao anúncio de que os rodoviários abrirão as catracas e transportarão os passageiros sem cobrar passagem, a classe patronal rearfimou que o procedimento é ilegal e não será tolerado, podendo haver demissões.

A nova estratégia dos trabalhadores foi apresentada nesta manhã pela Oposição CSP/Conlutas, grupo dissidente do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco. Eles abrirão as portas de trás e do meio dos coletivos e os usuários não precisarão passar pela catraca. Desta maneira, os ônibus voltarão a operar.
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