O governo do Estado desistiu da construção de cinco estações elevadas de embarque e desembarque no canteiro central da Avenida Belmino Correia, como definido desde que o corredor começou a ser planejado, há quatro anos, aproximadamente. Agora, vai erguer apenas duas paradas centrais, no modelo correto do BRT, e outras seis na calçada, à direita da via. Ou seja, os ônibus terão que sair do centro da pista e desviar para as estações à direita. Apenas as duas primeiras paradas serão de BRT. As outras, localizadas nas calçadas, serão adaptadas tanto para os ônibus convencionais quanto para os BRTs.
Embora o número de estações tenha aumentado – passando de cinco para oito -, elas descaracterizam o projeto ao serem levadas para as calçadas e deverão fazer os BRTs perderem tempo nas viagens. A Secretaria das Cidades repassou todas as informações pela assessoria de imprensa. Nenhum técnico ou o secretário Danilo Cabral puderam dar entrevista ao JC. O curioso é que, o secretário fala numa reportagem sobre o mesmo assunto, embora com outro enfoque, publicada por outro jornal do Estado nesta quarta-feira (02/10). A assessoria, entretanto, garantiu que a entrevista foi dada há duas semanas e utilizada apenas agora.
Através da assessoria, a secretaria defendeu que a mudança no projeto não irá comprometer o desempenho operacional do corredor porque o desvio que os BRTs farão para sair das estações centrais para as laterais será de apenas um quilômetro. E que os ônibus continuarão tendo prioridade na Avenida Belmino Correia, além de que terão portas dos dois lados, o que facilitará o embarque e desembarque dos passageiros independentemente da localização das paradas.
Antes, quando o projeto original do Corredor Leste-Oeste estava sendo considerado para a Avenida Belmino Correia, a previsão do governo era desapropriar 60 imóveis na altura das cinco estações de BRT, totalizando uma despesa no valor de R$ 17,1 milhões. Isso sem considerar os entraves judiciais na disputa com os moradores e comerciantes. Agora, com o novo projeto, o número de imóveis para ser desapropriado reduziu para 19, com uma despesa bem menor: R$ 4,6 milhões. As informações são da Procuradoria Geral do Estado (PGE), responsável por negociar as desapropriações.
JC
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