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Cemit divulga nota de esclarecimento sobre interdição de praias do Grande Recife

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Os trabalhos estavam interrompidos desde dezembro de 2012 e voltaram após a SDS liberar uma verba de R$ 1,8 milhão
Foto: Clemilson Campos / JC Imagem
 
O Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit) oficializou por meio de nota divulgada nesta segunda-feira (29) seu posicionamento sobre recomendação do Ministério Público do Estado (MPPE) proibição do banho de mar em trechos de praias urbanas. Assim como a Secretaria de Defesa Social (SDS), o órgão também acredita que tal medida, entre outros fatores, é de difícil operacionalidade. A decisão foi tomada por unanimidade após reunião com a SDS na última quarta-feira (26).
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O Cemit declarou ainda em nota que se coloca a disposição do MPPE e está disposto a expor os resultados dos estudos de tubarões nas praias do Grande Recife ao longo dos últimos nove anos.

Confira a íntegra da nota de esclarecimento do Cemit:

"Em resposta a Recomendação n° 08/2013, expedida em 23 de julho de 2013 pelo Ministério Público do Estado de Pernambuco – MPPE, que recomenda ao Governo do Estado a proibição do banho de mar em trechos de praias urbanas, o CEMIT torna público que em reunião ocorrida na Secretaria de Defesa Social - SDS na ultima quarta-feira 24 de julho de 2013, com a presença dos membros efetivos e representantes do Governo do Estado, foi decidido por unanimidade que as recomendações formuladas deixam a desejar quanto ao embasamento técnico, são de difícil operacionalidade, têm eficácia contestável e causam considerável impacto ambiental. Por isso, o Comitê além de se colocar a disposição do MPPE, convida o Procurador Dr. Ricardo Coelho para a exposição dos resultados que vem obtendo ao longo dos últimos 9 (nove) anos, os quais são considerados altamente adequados para a mitigação da problemática de incidentes com tubarões. Por fim, aduzimos que o CEMIT responderá oficialmente ao MPPE no prazo estabelecido."

HISTÓRICO - Na última sexta-feira (26), o barco Sinuelo - responsável pelo estudo da presença de tubarões no mar do Grande Recife - voltou ao alto mar para uma varredura de seis dias pelas praias da Região Metropolitana do Recife (RMR). Uma equipe com cinco profissionais - formada pelo mestre do barco, um engenheiro de pesca,  dois auxiliares de convés e um cozinheiro - retornará à costa nesta quarta-feira (31). Os trabalhos estavam interrompidos desde dezembro de 2012 e voltaram após a SDS liberar uma verba de 1,8 milhão de reais.

Nesta operação, o grupo lançou dois espinhéis com 100 anzóis de 4 quilômetros cada e 20 linhas de espera  em dois pontos, um em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, e outro perto da foz do Rio Jaboatão. Os equipamentos abrangerão um perímetro entre o Pina, na capital, e o Paiva, no Cabo de Santo Agostinho. Os espinhéis são um primeiro escudo e ficam posicionados a cerca de 2,5 quilômetros da  costa, a uma profundidade que varia entre 14 e 16 metros, a depender da maré. As linhas  de espera, por sua vez, são colocadas mais perto da praia, em média 800 metros, a uma  distância vertical que vai de quatro a seis metros.

Atuando desde 2004, o barco já foi responsável pela captura de 60 tubarões-tigre e 14 do  tipo cabeça-chata. A média costuma ser de uma captura por mês. Os animais apreendidos  pelos aparelhos receberão sensores acústicos e por satélite e terão seus passos  monitorados pelo Cemit. Em seguida, serão levados pelo Sinuelo a uma área 37 quilômetros distante da costa.
ATAQUE - O comunicado foi liberado uma semana após um ataque de tubarão na praia de Boa Viagem que resultou na morte da turista paulista Bruna Gobbi, de 18 anos. A jovem foi à Praia de Boa Viagem com uma prima e dois primos pernambucanos na manhã da última segunda-feira (22). Bruna já havia passado pelo município, onde vive a avó materna, e também por Surubim, no Agreste. A estudante, filha de pais separados, vivia na capital paulista com a mãe e uma irmã de 8 anos. No dia em que sofreu o ataque de tubarão, estava no mar com os primos quando começaram a se afogar. O ataque só foi percebido pelos parentes quando a garota foi retirada da água por bombeiros.
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Bruna perdeu muito sangue, chegou a sofrer quatro paradas cardiorrespiratória e teve parte da perna esquerda amputada durante uma cirurgia realizada no Hospital da Restauração (HR), no Derby, área central do Recife. De acordo com informações da assessoria de imprensa da unidade de saúde, a turista não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 23h30 da segunda-feira, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Antes de ser transferida para o HR, Bruna foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, na Zona Sul, onde sofreu a primeira parada cardiorrespiratória.
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