Ex-presidente Lula defende suas viagens pagas por construtoras
Tércio Amaral
Criticado por representar grandes empreiteiras, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (22) que está disposto a interceder por “qualquer empresa brasileira”. A afirmação do petista foi uma resposta aos críticos de suas viagens ao exterior, que seriam bancadas, em grande parte, por construtoras que teriam contratos generosos com o governo federal. Na avaliação de Lula, no mundo competitivo “ninguém vai dar colher de chá para o Brasil”.
“Me peça para interceder por qualquer empresa brasileira no exterior, desde que ela faça coisas de forma lícita e eu vou fazer", disse o ex-presidente em seminário sobre a relação Brasil e África promovido pelo jornal Valor Econômico.
O jornal Folha de S. Paulo publicou em março deste ano uma matéria afirmando que, das 30 viagens feitas por Lula após deixar a Presidência, 13 foram custeadas por construtoras que aproveitaram seu “prestígio político” turbinar negócios, principalmente na África e América Latina.
Lula lembrou ainda da campanha que o levou ao poder, em 2002, na qual ele defendia uma política de relações exteriores mais abrangente. "Eu dizia que queria um ministro de Relações Exteriores que fosse um mascate", disse. "A gente não vê um mascate vender muito na avenida paulista, mas ele vende muito na periferia de São Paulo, de Minas Gerais, etc."
Com informações do portal Brasil247 e do jornal Valor Econômico
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