Diário do Nordeste
Apesar da queda em julho, no acumulado de 2013, a Capital registra alta de 8,9%, e 14, 31% nos últimos 12 meses
De bandido a mocinho. Com sucessivas altas desde o segundo semestre de 2012, em julho deste ano, o tomate registrou queda nas 18 localidades pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), puxando, assim, para baixo o valor da cesta básica em todas essas cidades, já que o produto é o segundo que mais pesa na sua composição. A última vez em que houve recuo no preço do conjunto de gêneros alimentícios essenciais no total das localidades acompanhadas foi há seis anos (maio de 2007), quando o levantamento ainda era realizado em 16 cidades.
Segundo o Dieese, a retração no preço do tomate, segundo item que mais pesa na composição da cesta básica, foi de 34,37% foto: Waleska Santiago
Dentre as capitais nordestinas, Fortaleza foi a que contabilizou a maior deflação (6,01%), com a cesta básica passando a valer R$ 275,27, ante R$ 292,86 anotados em junho último. Na comparação com o restante do País, o recuo apresentado na Capital cearense foi o quinto mais alto, ficando atrás de Brasília (-8,86%), (Florianópolis), Porto Alegre (-7,06) e Goiânia (-7%).
Apesar da queda em julho, a variação semestral e anual foi positiva – 6,56% e 14,31%, respectivamente. De janeiro a julho, Fortaleza teve a oitava maior alta entre as localidades consideradas pelo Dieese e a sexta maior do País de julho de 2012 a igual mês deste ano.
Entretanto, em valores absolutos, o preço da cesta básica na Capital cearense é o terceiro maior do Nordeste, ficando atrás de Recife (R$ 279,66 e -5,63 de variação) e João pessoa (R$ 275,54 e recuo de 3,48%). Na região, o conjunto de itens essenciais ficou mais barato em Aracaju (R$ 239,36, 3,51% mais em conta do que em junho). No ranking nacional, o valor de Fortaleza é 13º maior.
Influências
Pelos dados do Dieese, a deflação no preço da cesta básica na Capital cearense foi influenciada pela queda no valor de seis itens. Além do tomate, cuja retração foi de 34,37% no custo, teve o feijão (-6,7%), o óleo (-1,22%), a farinha (-1,11%), e a carne (-0,55%). “A queda no preço do tomate foi provocada pela safra na região da Ibiapaba. Com mais produção, aumentou a oferta, diminuindo, assim, o valor do produto comercializado”, explica a economista do Dieese, Elizama Paiva.
Salário Mínimo
Considerando o valor da cesta básica e tomando como base o salário mínimo vigente no País – R$ 678 –, valor correspondente a uma jornada mensal de 220 horas, pode-se dizer que o trabalhador cearense que recebe o piso de referência teve que desprender, em julho, 89 horas e 19 minutos de sua jornada de trabalho mensal para essa finalidade.
Em contrapartida, Em contrapartida, o gasto com alimentação de uma família composta por dois adultos e duas crianças foi estimado em R$ 825,81.
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