Recife terá ecoestações para abrigar lixo e evitar obstrução de galerias

Além disso, obras em 12 pontos serão licitadas para evitar o acúmulo de água

Danúbia Julião, do FolhaPE

Andréa Rêgo Barros/Divulgação

Prefeito se reuniu para analisar situação

Diante do caos instalado com as fortes chuvas que caíram no Recife e Região Metropolitana nesta sexta-feira, o prefeito da Cidade, Geraldo Julio, anunciou medidas de enfrentamento as consequências de fortes precipitações. Além do projeto de engenharia para combater os principais pontos de alagamentos espalhados pela cidade, a implantação de ecoestações, que são terrenos da prefeitura, onde a população poderá despejar até 1 m³ do lixo que não cabe no saquinho, de forma gratuita, como móveis, pedaços de árvores, por exemplo. Elas estarão distribuídas em sete pontos da cidade. A iniciativa visa diminuir a quantidade de lixo jogado em lugar indevidos. O projeto será lançado ainda este mês e o planejamento é que ainda em junho comecem as obras. A primeira delas será em Campo Grande. As demais ficarão localizadas nos bairros do Ibura, Boa Viagem, Torre, Arruda, Iputinga e Mangueira. Para cada ponto, serão investidos R$ 290 mil. No que se refere a pontos de alagamentos, 32 serão tratados. Desse total, quatro serão licitados até está sexta-feira, e outros oito até o fim desse mês. Os primeiros serão os corredores protocolados pela Fifa para a Copa do Mundo: avenida Boa Viagem, na frente do Parque Dona Lindu; avenida Norte, na entrada de Nova Descoberta; na avenida Recife, na Entrada de San Martim; e também a rua Santos Araújo, em Afogados, próximo ao Largo da Paz.
"A Prefeitura atuou com a prevenção nesses quatro meses, fazendo a limpeza de canais, vistoria dos morros, colocação de lonas e drenagem dos canais. O que ajudou muito em baixar o volume de água. Atuamos também com agentes de trânsito espalhados nas ruas, 73 a mais do que os 150 que já distribuídos, guinchos e caminhão de bombeamento. Continuamos com a poda das árvores, limpeza de lixo, vistoria do morro, colocando lona e remoção de arvores. Trabalhamos para deixar a cidade em melhores condições para o início da semana", disse o prefeito.
Ainda de acordo com o gestor, para este domingo e segunda-feira não é esperado um volume de chuva como o que atingiu a cidade na sexta-feira. Mas, pede a população, que ao perceber precipitações possa flexibilizar um pouco o horário de saída de casa, para ter um dia com menos transtornos. O prefeito chegou de viagem do Rio de Janeiro na noite da sexta-feira, e disse que mesmo a prefeitura ciente da chuva que cairia, não se esperava tanto.
"Choveu em 5 horas o esperado para 360 e em um horário de pico da cidade e da maré, que as 9h estava com 1,9 metro", disse. Segundo o Geraldo Julio, a sua ausência na cidade no dia das fortes chuvas se deu por motivos de trabalho. Ele foi conhecer o projeto Porto Maravilha. "Esse é o maior projeto de urbanização que existe no Brasil, que trata das questões de esgotamento sanitário, drenagem, mobilização e qualificação de moradias. É um projeto de revitalização urbana de uma área que guarda relação parecida com a nossa", enfatizou. Ainda na sexta-feira, ao chegar, foi visitar um abrigo em Água Fria e acompanhar o bombeamento de água do túnel do Pina.

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