Expedição vai durar mais cinco dias. Tubarões capturados serão levados para uma distância de 37km
Raphael Guerra - Diario de Pernambuco
A segunda expedição
do barco Sinuelo teve início na tarde desta quinta-feira (1º), após
cerca de 30 horas de interrupção dos trabalhos para reabastecimento e
descanso da equipe de cinco profissionais. O grupo ficará em alto-mar
por mais cinco dias, retornando na próxima terça-feira (6). Os tubarões
capturados pelo Sinuelo são levados para uma distância de até 37km da
costa pernambucana e passam a ser monitorados, por cerca de um ano, por
pesquisadores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
A
primeira expedição, que também durou cinco dias, resultou na captura de
três tubarões, sendo dois deles da espécie tigre, considerada uma das
mais periogosas. Ambos foram encontrados na praia do Paiva, no Cabo de
Santo Agostinho. O primeiro, na terça-feira, morreu depois de ser
atingido em um dos olhos pelo anzol. O macho media 1,1 metro. O segundo,
recolhido na quarta-feira, era uma fêmea de 1,5 metro. Ela não resistiu
aos ferimentos resultantes de estresse durante a captura.
Segundo
o Instituto Oceanário, cerca de 15% dos tubarões morrem durante esse
tipo de operação. Eles foram encaminhados para pesquisa na UFRPE. O
outro fisgado foi uma fêmea do tipo lixa, mais inofensivo, de 2,35
metros. Estava nas proximidades do Hotel Atlante Plaza, em Boa Viagem.
Foi devolvida ao mar.
O barco voltou a operar na sexta-feira
passada, quatro dias após a morte da turista paulista Bruna Gobbi, 18
anos, atacada por um tubarão, de espécie não identificada. Ela é
considerada a 24ª vítima do animal marinho em Pernambuco, desde 1992,
quando as estatísticas começaram a ser contabilizadas. Foram 59 ataques,
no total.
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